Daqui a quatro anos, em 2028, o 5G deve se tornar a tecnologia de telefonia celular mais usada no mundo. A quinta geração móvel, inclusive, deve alcançar 5,6 bilhões de usuários até o fim de 2029, representando 60% dos acessos móveis, prevê o Ericsson Mobility Report, estudo da fornecedora sueca divulgado nesta quarta-feira, 26.
Segundo o relatório, as assinaturas de 5G chegaram a 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano. No período de janeiro a março, 160 milhões de usuários passaram a utilizar a tecnologia móvel mais moderna. A Ericsson projeta que o ano de 2024 termina com um total de 600 milhões de novas assinaturas de 5G.
A pesquisa ainda aponta que, nos próximos cinco anos, a cobertura global do 5G fora da China continental deve duplicar, passando de 40%, no fim do ano passado, para 80%, em 2029. A penetração da quinta geração deverá ser maior na América do Norte, onde a Ericsson estima que 90% da população (430 milhões de pessoas) assinarão planos de dados móveis em 5G.
Tráfego de dados
O estudo indica que o tráfego de dados móveis cresceu 25% no intervalo do primeiro trimestre de 2023 ao mesmo período deste ano. Isso ocorreu, de acordo com a fornecedora, em razão da migração de assinantes para a geração mais moderna e por serviços que exigem uso intenso de dados, como conteúdos em vídeo. No fim do ano passado, vídeos representavam 73% do tráfego de dados em redes móveis em todo o mundo.
Segundo a Ericsson, os dados móveis devem crescer a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 20% até 2029. Em 2023, cerca de um quarto de todo o tráfego de dados móveis foi gerido por redes 5G. A previsão é de que a participação da quinta geração suba para 75% ao fim de 2029.
Com base no relatório, percebe-se que a fabricante sueca está mais otimista com o mercado de smartphones. De acordo com a Ericsson, as remessas desses dispositivos cresceram 6% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado, após três anos de declínio.
A companhia indica que aparelhos capazes de processar Inteligência Artificial (IA) generativa e modelos que podem rodar IA sem a necessidade de conectividade estão começando a atrair o consumidor, revitalizando o mercado de celulares inteligentes.