A Amazon Web Services (AWS) anunciou hoje, 7, a disponibilidade do Bedrock na região South America (São Paulo), no Brasil. Totalmente gerenciado, o serviço oferece recursos para construir e escalar aplicações de inteligência artificial (IA) generativa para usos específicos.
O Bedrock foi lançado em 2023, mas só agora chega ao Brasil. O serviço oferece uma seleção de modelos fundacionais (FMs) e recursos de personalização de modelos.
A disponibilização da tecnologia por aqui tem a finalidade de reduzir a latência do serviço, segundo a AWS. “A baixa latência fornece processamento e tempos de resposta mais rápidos, essenciais para tarefas de Inteligência artificial, como geração de conteúdo em tempo real, experiências de usuário interativas e insights de conversação em tempo real”, diz.
Os modelos incluem Amazon Titan (Text Lite, Text Express, Multi-modal Embeddings, Titan Text Embeddings v2), Anthropic (Claude 3 Haiku, Claude 3 Sonnet), Llama (Llama 3 8B, Llama 3 70B) e Mistral (Mistral Large, Mistral 7B, Mistral 8x7B).
Segundo a AWS, a novidade é parte dos planos de expansão no país. Desde que abriu filial no Brasil, investiu R$ 19 bilhões para construir, conectar, operar e manter seus data centers. E diz que, desde 2017, treinou mais de 800 mil brasileiros em habilidades de computação de nuvem a partir da oferta de cursos online gratuitos.
Produto já tem clientes
Segundo a AWS, apesar do lançamento nesta semana, já tinha empresa brasileira utilizando sua ferramenta da IA Generativa. É o caso da Bravante RCC, empresa de robótica especializada nas indústrias naval, portuária e de petróleo e gás, que utiliza a tecnologia da AWS para localizar oleodutos desativados.
O C6 Bank está desenvolvendo duas soluções baseadas em IA generativa e analytics com a AWS. Em uma, a ferramenta avisará se há algo fora do padrão ao longo do desenvolvimento de aplicações e, em caso positivo, de que forma o código deve ser alterado. A segunda solução é um robô que varre a base de informações sobre os produtos e serviços do banco e faz sugestões de resposta. O recurso interpreta a dúvida do cliente, cruza as informações com a base de conhecimento e formula respostas a partir dos seus achados, simulando a escrita de um humano.
O Gimba substituiu o processo manual de inserção e atualização de produtos no catálogo por uma ferramenta de IA generativa. A tecnologia é hoje responsável pela inclusão de cerca de 300 novos produtos/mês, reduzindo o tempo de cadastro em mais de 80%.
O Lab do InovaHC, inaugurado em 2024 dentro do Hospital das Clínicas, criou a GAL (Gerador Adaptativo de Laudos), a ferramenta permite a estruturação automática de laudos radiológicos, levando em conta o histórico do paciente.
Já o PagBank decidiu testar uma solução de inteligência artificial (IA) para os casos de troca de maquininhas de pagamento. Para isso, identifica o número de série das máquinas por fotos. Em um mês, o banco reduziu em 85% o tempo médio de atendimento e o volume de contatos recorrentes. O Bedrock também será usado para responder a perguntas fora do escopo com base em perguntas e respostas frequentes.
A SOMOS Educação lançou uma assistente de IA generativa para auxiliar professores e alunos no planejamento de aulas, consulta a livros, resumir conteúdos, criar testes e atividades. (Com assessoria de imprensa)