Dona da Claro, a América Móvil (AMX) anunciou, nesta segunda-feira, 24, que vai adquirir o controle acionário da chilena ClaroVTR, uma empresa que nasceu como uma joint venture entre a Claro Chile, da AMX, e a VTR, da Liberty Latin America.
A transação ainda depende de aprovação da Procuradoria Nacional de Economia (FNE, na sigla em espanhol), órgão chileno de defesa da concorrência.
A ClaroVTR foi anunciada em 2021, com a intenção de unir os serviços móveis da Claro Chile e a rede de fibra óptica da VTR. No ano seguinte, o negócio foi aprovado com restrições, que incluíram a devolução de blocos de radiofrequências.
Em comunicado, a AMX informou que tem financiado a ClatoVTR por meio de notas conversíveis, a fim de apoiar a execução do plano de negócios e refinanciar a dívida bancária originária da formação da joint venture. Para que o controle da empresa continuasse dividido em 50% entre as parceiras, a Liberty Latin America tinha a opção de igualar os compromissos de financiamento até o meio deste ano. Segundo a AMX, no domingo, 23, a Liberty informou que não iria exercer o direito.
Dessa forma, a AMX vai converter suas notas em circulação detidas na ClaroVTR em capital, ficando com aproximadamente 91% do controle acionário da operadora. Os demais 9% ficam com a Liberty. A conclusão da operação está prevista para o terceiro trimestre deste ano.
“Estamos entusiasmados com as perspectivas da ClaroVTR”, disse Daniel Hajj, CEO da AMX, em nota. “Nossa forte parceria com a Liberty Latin America ajudou a estabelecer um provedor de conectividade convergente que atende clientes com produtos e serviços de classe mundial”, acrescentou.
À época do anúncio da fusão, as empresas declararam que o negócio iria gerar sinergias, incluindo uma economia de US$ 180 milhões. Os planos previam estender a rede de fibra óptica para 6,5 milhões de residências chilenas até 2025.