No final do ano passado, apenas 5% de todas as conexões realizadas na América Latina utilizavam a rede 5G. Mas o ritmo de crescimento deve acelerar e a expectativa é que, em 2030, 55% das conexões sejam por meio dessa tecnologia. O dado e a previsão são do estudo “A economia móvel na América Latina”, lançado pela GSMA, associação global de operadoras móveis.
Em abril deste ano, a tecnologia 5G estava sendo oferecida por 295 operadoras de 114 países no mundo todo. Na América Latina, 29 operadoras de 10 países já tinham lançado serviços comerciais com o 5G.
No Brasil, o índice de utilização da rede 5G é superior ao resultado conjunto de toda a região. Segundo o levantamento, o país tinha 9% das conexões via 5G no final do ano passado, enquanto 83% eram pelo 4G. E as conexões 2G e 3G continuavam sendo utilizadas no país, responsáveis por 4% e 3% das conexões, respectivamente.
Assinantes de serviços móveis
Outro dado trazido pela pesquisa é o de número de assinantes de serviços móveis na América Latina, que chegou a 465 milhões, uma taxa de penetração de 72%.
Já o número de latino-americanos que utilizam a internet móvel era de 418 milhões no final do ano, o que representa 65% da população.
No Brasil, 69% da população estão conectados à internet móvel. Outros 20% vivem em áreas onde há cobertura, mas seguem desconectados. “Isso acontece porque não podem pagar por esses serviços ou porque não sabem como usá-los”, aponta a pesquisa. Quanta a falta de cobertura, ainda há 8% da população em áreas sem acesso.
eSIM para smartphones
Segundo o estudo da GMSA, no meio do ano passado, aproximadamente um terço das operadoras de redes móveis da América Latina já haviam lançado serviços de eSIM para smartphones. Mas no final do ano, somente 5% das conexões na região utilizavam um eSIM. A expectativa da associação é de que esse índice chegue a 16% no final de 2025 e a 75% no fim da década.
Conexões IoT
O estudo mostrou ainda que as conexões celulares IoT licenciadas na América Latina somaram 74 milhões em 2023. A previsão é que o número chegue a 125 milhões em 2030.
“Brasil e México serão responsáveis por quase 80% do crescimento”, aponta a GMSA.
Contribuições econômicas
No ano passado, as operadoras latino-americanas contribuíram com US$ 520 bilhões para a economia, 8% do produto interno bruto (PIB) da região. A arrecadação tributária do setor foi de R$ 50 bilhões.
Já o número de empregos gerados pelas operadoras de serviços móveis somou 2 milhões, sendo metade gerada diretamente por esse ecossistema e a outra metade, de forma indireta.