A operadora norte-americana T-Mobile anunciou, nesta terça-feira, 28, que fechou um acordo para comprar todas as operações móveis da regional UScellular. O negócio inclui carteira de clientes, lojas e ativos específicos de espectro.
A transação soma US$ 4,4 bilhões (aproximadamente R$ 22,7 bilhões), dos quais a maior parte será paga em dinheiro. O acordo prevê que dívidas de até US$ 2 bilhões da UScellular sejam assumidas pela T-Mobile.
Com rede ativa em 21 estados norte-americanos, a UScellular conta com cerca de 4,6 milhões de assinantes. Desse modo, a aquisição deve fazer com que a T-Mobile se aproxime de 125 milhões de clientes de telefonia celular nos Estados Unidos, ainda ficando atrás de AT&T e Verizon.
Em comunicado, a T-Mobile destacou que os clientes da UScellular, sobretudo os localizados em áreas rurais, passarão a ter uma conectividade de maior qualidade, incluindo cobertura em todo o país, descartando a necessidade de roaming. Já os clientes da T-Mobile terão acesso à rede da UScellular em áreas em que tinham cobertura limitada, uma vez que o negócio pressupõe a aquisição de parte do espectro detido pela regional.
“À medida que os clientes de ambas as empresas terão mais cobertura e mais capacidade da nossa presença combinada, os nossos concorrentes serão forçados a acompanhar – e ainda mais consumidores serão beneficiados”, disse Mike Sievert, CEO da T-Mobile, em nota.
Após a conclusão do negócio, a UScellular se manterá como proprietária de outros espectros e de seu parque de infraestrutura móvel. A T-Mobile firmará um acordo de longo prazo com a regional para alugar o serviço fornecido por pelo menos 2,1 mil torres.
Segundo a operadora de envergadura nacional, a transação deve gerar aproximadamente US$ 1 bilhão em sinergias. O negócio ainda depende de aprovação das autoridades reguladoras dos Estados unidos. A expectativa é de que seja concluído em meados de 2025.
Embora relevante, o negócio é bastante inferior à fusão realizada pela T-Mobile com a Sprint em 2018. A transação movimentou US$ 26 bilhões e foi concluída em 2020.