As vendas de redes de acesso via rádio (RAN) privadas sem fio cresceram cerca de 40% em 2023, na comparação com o ano anterior, apesar de uma desaceleração constatada no quarto trimestre, indicou a consultoria Dell’Oro. O relatório aponta que o segmento passou a representar 2% do total do mercado global de RAN.
Segundo o Grupo Dell’Oro, a RAN pública ainda é responsável pela maior parte dos investimentos em redes de acesso, embora os desembolsos estejam abaixo dos níveis projetados inicialmente pelos fornecedores durante a largada do 5G. Por outro lado, equipamentos sem fio para redes privadas estão em alta.
“O fato é que a tecnologia sem fio privada está crescendo agora em um ritmo formidável”, afirma Stefan Pongratz, vice-presidente do Grupo Dell’Oro, em nota. “Isso contrasta com a RAN pública e a WLAN corporativa – ambos os segmentos estão projetados para contrair em 2024”, acrescentou.
O relatório indica que Huawei, Nokia e Ericsson lideraram o mercado de RAN privada sem fio em 2023. No entanto, ao excluir a China do levantamento, os principais fornecedores globais passam a ser Nokia, Ericsson e Samsung.
Projeções
De acordo com a avaliação da Dell’Oro, as redes sem fio privadas continuam sendo “uma enorme oportunidade”, porém, indica que “levará algum tempo para que as empresas adotem tecnologias celulares privadas” em larga escala.
Para a consultoria, as receitas globais de RAN privada sem fio devem ter uma taxa anual de crescimento composta (CAGR, na sigla em inglês) de 21% nos próximos cinco anos, enquanto a RAN pública deve ter um declínio de 2% no mesmo período, sob a mesma métrica. Para o 5G privado, a projeção é de que a tecnologia alcance uma receita global de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões até 2028.
Atualmente, segundo a Dell’Oro, a quinta geração móvel já domina as implantações de RAN privada na China. No resto do mundo, o LTE segue na liderança.