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Novos projetos na Agenda Legislativa da Conexis evidenciam custo

Os novos projetos na Agenda Legislativa de 2024 da Conexis
Edição da Agenda Legislativa da Conexis de 2024 incorpora projetos apresentados no ano passado | Foto: Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

A Conexis Brasil Digital lançou nesta semana a Agenda Legislativa de 2024, que lista os projetos em tramitação no Congresso Nacional que representam prioridades para as teles. Entre as novas propostas incorporadas destacam-se matérias que podem impactar no custo da prestação do serviço.

O documento foi apresentado em solenidade com a presença de parlamentares que comandam comissões estratégicas, como os colegiados de Comunicação e de Ciência e Tecnologia da Câmara e do Senado Federal. A cerimônia também reuniu o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior, e o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Artur Coimbra.

Favoráveis

Observando propostas que não constavam na agenda anterior por terem sido protocoladas no ano passado, a entidade se posiciona favorável ao PL 426/2023, que zera os valores destinados ao Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), à Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP) e à Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) relacionados às estações rádio base e às repetidoras do Serviço Móvel Pessoal localizadas em áreas rurais.

A matéria em questão é parte do resultado dos trabalhos de avaliação das políticas públicas relativas ao 5G, realizadas pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado Federal em 2022. O início da tramitação se deu ainda no primeiro semestre do ano passado, mas o tema aguarda análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa desde então.

Outro projeto de isenção, o PL 4944/2023, também é citado pela Conexis no documento. O texto, de autoria do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) propõe o fim da incidência da Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF) e a Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI) sobre celulares.

Para a Conexis, a medida, se aprovada, favorece condições para “superar a desproporcionalidade e irrazoabilidade que a atual incidência das taxas possui”, além de contribuir “diretamente para inclusão e democratização do acesso da população à comunicação e informação”.

“No caso dos celulares, além da TFI, são pagas as certificações dos aparelhos, junto aos Organismos de Certificação Credenciados. Cabe ao Estado apenas a homologação de tais certificados. Na prática, não se percebe serviço prestado ao contribuinte, sendo possível enquadrar a incidência da referida taxa, tão somente, como contraprestação do poder de polícia. As proposições citadas são especialmente relevantes em um país com grandes desigualdades socioeconômicas, como o Brasil, onde o custo se configura como uma barreira significativa ao acesso às tecnologias de informação e comunicação”, argumenta a entidade.

O PL 4944/2023 foi distribuído para relatoria do deputado Júlio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) há duas semanas na Comissão de Comunicação (CCom) da Câmara dos Deputados.

A associação também reforçou a urgência em aprovar medidas contra o roubo e furto de equipamentos da infraestrutura de telecom, declarando apoio ao PL 3780/2023, que avançou no final do ano passado da Câmara ao Senado.

Contrários

Já entre as propostas que a Conexis se posiciona contrária, a nova Agenda incorpora o PL 469/2024, que proíbe os provedores de conexão de cobrar pela geração de tráfego das plataformas digitais.

O texto, de autoria do deputado David Soares (União-SP), propõe adicionar a vedação no Marco Civil da Internet. Na justificativa, o parlamentar classifica a intenção de cobrar as plataformas como “esdrúxulas” e se refere ao fair share como uma “abordagem que entra em conflito com diversos princípios, dentre os quais o da neutralidade da rede”.

Ao contextualizar a recomendação para que o PL de Soares seja rejeitado, a Conexis entende que a legislação brasileira é que precisa ser aprimorada. “Com o surgimento de novas tecnologias e plataformas digitais, o cenário competitivo se tornou muito mais abrangente e complexo. Portanto, é essencial que as regulamentações se adaptem a essa nova realidade, em especial as plataformas digitais e o conceito de neutralidade de rede, contemplado no Marco Civil da Internet, de forma a abranger de forma holística todas as áreas relevantes e garantir que os atores possam competir em condições isonômicas”, defende a associação.

A relatoria atual está com a deputada Silvye Alves (UNIÃO-GO), na CCom. Ainda sem parecer.

Inteliência Artificial

Em relação aos projetos que estão em análise na comissão temporária no Senado Federal para o marco legal do uso da IA no Brasil – PL 21/2020 e PL 2338/2023 – a Conexis pede “uma discussão mais ampla”.

“Em um mundo cada vez mais globalizado e digital, uma regulamentação que fomente o desenvolvimento, competitividade e a integração das empresas brasileiras no mercado internacional é fundamental. Além disso, defendemos a adoção de uma regulação responsiva, que se ajuste às necessidades emergentes, permitindo a autorregulação e a intervenção governamental quando necessário, para assegurar flexibilidade e fomentar a inovação”, observa entre as considerações.

O colegiado apresentou relatório preliminar nesta quarta-feira, 24, incluindo reivindicações de empresas para ampliar exceções (saiba mais).

Reforma tributária

Enquanto que a aprovação da reforma tributária vinha sendo defendida nas Agendas Legislativas anteriores, a edição de 2024 reforça ressalvas em relação ao que ficou previsto na Emenda Constitucional 132/2023.

“Embora a Emenda promulgada contribua para a redução do custo tributário das empresas, incentivando a expansão da conectividade no País, o setor aponta a existência de entraves que precisam ser superados para possibilitar melhores condições de investimentos em infraestrutura, inovação e tecnologia, bem como para promoção de maior competividade e inclusão. Apesar de ser reconhecido como essencial, tanto pelo STF quanto pelo Congresso Nacional, os serviços de telecomunicações continuam sujeitos a uma das maiores cargas tributárias do mundo”, destaca a entidade.

Em artigo publicado nesta quinta-feira, 25, na página da Conexis, o gerente de Relações Institucionais e Governamentais da associação, Frederico Ribeiro, cita dados da União Internacional das Telecomunicações (UIT), que apontam a carga tributária incidente sobre os serviços de telefonia móvel no Brasil em 29% enquanto a média dos 15 países com maior número de acessos é 11,8%.

“O Brasil possui a 3ª maior carga tributária. Tal carga limita a adoção de novas tecnologias e agrava as desigualdades sociais. Nesta conjuntura, o avanço da regulamentação da reforma tributária do Consumo – por meio de projetos de lei complementar que o Poder Executivo irá enviar ao Congresso – poderá contribuir para a simplificação do sistema tributário nacional e para a não majoração de tributos”, complementou Ribeiro.

Nesta quarta-feira, 24, o governo encaminhou ao congresso nacional um dos projetos de lei complementar à reforma tributária. O texto prevê responsabilidade tributária de plataformas digitais, detalha as regras para transição de contratos de concessões públicas e itens de cibersegurança e comunicação aptos para alíquota reduzida (saiba mais aqui).

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