Nessa semana ocorreu em Londres o “CEO Council Summit”, realizado pelo WSJ, evento que reúne o conselho de CEO’s do jornal. Uma das principais temáticas tratada durante o encontro foi a crescente pressão nas empresas para a adoção da Inteligência Aritificial Generativa.
Durante os dois dias de evento a tecnologia foi uma das pautas centrais, sendo o pilar de discussão durante pelo menos 4 momentos.
Como apurado pelo próprio jornal, Aidan Gomez, cofundador e CEO da Cohere, exaltou a importância que a IA terá no dia-a-dia de toda a população, estando presente desde a escolha do melhor xampu até a otimização de muitos trabalhos.
Contudo, o executivo faz um alerta para o mau uso dessa ferramenta, como por exemplo, a influência nas eleições. “A capacidade de influenciar de forma escalonável esse discurso e injetar ideias, e fazer com que os bots participem e projetem certos pontos de vista – estou nervoso com isso”, disse ele ao jornal.
Gomez exalta a importância da fiscalização dos órgãos responsáveis, que devem se adaptar para identificar se as pessoas que tratam a temática são reais ou bots.
Regulamentação pode ser um freio na inovação
No final de 2023 a União Europeia tornou-se o primeiro bloco a regulamentar a Inteligência Artificial. Entretanto, durante o evento, John Cassidy , sócio da Kindred Capital, demonstrou não ser favorável a tal lei, que para ele teria sido um excesso de regulamentação.
Segundo Cassidy, uma abordagem mais simples poderia já influenciar as empresas a tomarem maiores precauções com relação as questões negativas da IA, pensando que, uma exigência tão detalhista poderia sufocar a inovação que ainda está em fase inicial. O especialista associou a tecnologia aos primeiros dias da corrida espacial, “Estamos tentando regulamentar antes de construirmos os primeiros foguetes”, finalizou.