O mês de abril fechou com alta da inflação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,38% no último mês, o que representa 0,22 ponto percentual acima da taxa do mês de março (0,16%).
De janeiro a abril deste ano, o IPCA acumula uma alta de 1,80%. Já nos últimos 12 meses, a inflação avançou 3,93%. Vale ainda observar o IPCA em abril do ano passado, que foi de 0,61%.
Inflação por grupos de serviços e produtos pesquisados pelo IBGE
Para calcular o índice que indica a inflação, o IBGE pesquisa nove grupos de produtos e serviços e, no mês passado, sete deles tiveram alta. Saúde e cuidados pessoais registraram um aumento de 1,16%, enquanto os preços do grupo de alimentos e bebidas aumentaram 0,70%. Estes foram os dois grupos que tiveram maior impacto sobre a inflação, ambos com 0,15 ponto percentual (p.p.). Em seguida, aparecem vestuário (0,55%) e transportes (0,14%), que contribuíram com 0,03 p.p. para o índice do mês.
O aumento do valor dos produtos farmacêuticos chegou a 2,84% em abril. Isso ocorreu como consequência da autorização para o reajuste de preços dos medicamentos de até 4,5% no final do mês anterior. Consequentemente, os itens impactaram o grupo de saúde e cuidados pessoais. Já no caso de alimentos e bebidas, o que mais contribuiu para a inflação foi a alimentação em casa, que passou de 0,59% em março para 0,81% em abril.
Duas capitais do Nordeste destacam-se no ranking dos índices regionais de inflação. Fortaleza (CE) foi a única capital do país a registrar queda de preços no mês de abril (-0,13). Segundo o IBGE, isso se deu por causa da diminuição nos preços da energia elétrica residencial (-3,98%), bem como da gasolina (-3,97). Enquanto isso, Aracaju (SE) apresentou a maior variação, chegando a 0,84%. Por lá, o índice foi impulsionado pelo aumento dos preços da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%). (Com assessoria de imprensa)