A Paessler AG anuncia os resultados que o Grupo Centroflora conquistou com o uso da plataforma de monitoramento Paessler PRTG em seu ambiente OT. Alinhada ao modelo ESG, a Centroflora é fabricante de extratos botânicos, óleos essenciais e ativos isolados para a indústria farmacêutica. Nos últimos anos, vem se consolidando também como fabricante nacional de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). E, para isto, instalou sensores que monitoram 24×7 os dados de chão de fábrica. Assim, a identificação de um problema num CLP, que antes levaria entre 6 e 7 horas, agora pode ser realizada em minutos.
A Centroflora possui tecnologias e processos que permitem o isolamento, a extração, concentração e secagem de ativos naturais diferenciados, com qualidade e rastreabilidade asseguradas. Com isso, oferece ao mercado uma ampla variedade de extratos provenientes de diversas regiões do planeta, com especial atenção àqueles derivados da biodiversidade brasileira, com total sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Hoje a empresa conta com a matriz e planta industrial em Botucatu (SP), um escritório comercial em Barueri (SP), o Centroflora Inova em Campinas (SP) e a planta Centroflora IFA em Parnaíba (PI).
A automação da planta Centroflora em Botucatu (SP) era baseado em redes de CLPs distribuídas em três diferentes segmentos produtivos: evaporação, secagem e extração de insumos. A empresa buscava uma forma de conquistar uma visão holística desses três ambientes de modo a suportar a evolução constante das melhores práticas de manutenção e de gestão de facilities.
“Esses três ambientes estão agora integrados na interface do PRTG”, diz Julio Moura, supervisor de manutenção e facilities da Centroflora. “Os sensores do PRTG nos ajudam a antecipar falhas – um alerta dispara ações como a checagem do que está se passando no chão de fábrica e a ativação de um equipamento”.
Hoje, sensores PRTG monitoram 24×7 os dados de chão de fábrica. Com isso, a identificação de um problema num CLP, que antes levaria entre 6 e 7 horas, agora pode ser realizada em minutos. “Passamos a ter uma visão clara do que está ocorrendo. Isso nos ajuda a planejar ajustes e ações que contribuem com a continuidade dos processos da fábrica”. A empresa reduziu entre 3% e 4% o consumo de energia do chão de fábrica. “É uma conquista estratégica para o time de facilities”. Ainda em relação à gestão da energia, a Centroflora usa o PRTG, também, para monitorar as flutuações de fornecimento de eletricidade e o quanto os geradores estão atuando para resolver essa falha.
Manutenção 4.0
Em todos os casos, a empresa passa a usufruir da visão preditiva: antes que os colaboradores entrem em contato com o time de manutenção pedindo alguma correção, esses profissionais já são alertados da possível falha, podendo atuar de forma preventiva. “Estamos avançando no modelo de Manutenção 4.0. Dados que antes ficavam limitados ao CLP agora são projetados no dashboard do PRTG, nos ajudando a identificar rapidamente qualquer problema. Sensores medem com precisão valores máximos e mínimos de sustentação da operação. Por exemplo, a temperatura de um determinado ambiente industrial deve ficar entre 100 e 40 graus Celsius. Qualquer desvio desta norma será aferido pelo PRTG, que imediatamente avisa o time da manutenção. Essa comunicação rápida e consistente acelera os processos da manutenção, um valor crítico para os negócios”.
Para se chegar a resultados como estes, Moura e seu time buscaram uma solução de monitoração de ambiente industrial sob medida para os desafios e o orçamento da Centroflora. Nessa jornada, contaram com o apoio do parceiro de negócios da Paessler com especialização em projetos de OT, a RBS Service. “Sempre que surge a necessidade de automação, acionamos a RBS imediatamente. A parceria com o time da RBS Service é tão confiável que é como se eles também estivessem gerenciando nosso ambiente “, avalia Moura.
Para Roberto Sanches, CEO da RBS Service, a jornada da Centroflora em direção à eficiência de gestão e energética é um benchmark para o mercado. “Todo equipamento de chão de fábrica que transforma energia tem um certo nível de eficiência. Esses equipamentos já são munidos de sensores – o mesmo vale para os CLPs. Com a implementação do PRTG, o time da Centroflora passou a ter acesso a um “bloco de registro” digital de cada equipamento, extraindo uma informação que é, agora, consolidada em forma de gráficos ou planilhas. A meta é ajudar os gestores da Centroflora a tomarem decisões baseadas em dados, e dados coletados e compartilhados de forma automatizada, sem intervenção humana. Isso agiliza a gestão do ambiente produtivo da Centroflora”.
Solução de monitoramento OT compatível com os CLPs Siemens
Hoje, O PRTG roda num servidor virtual dedicado implementado no data center da Centroflora Inova, em Campinas. A plataforma monitora esse ambiente e todo o chão de fábrica da matriz em Botucatu (SP). Um dos pontos críticos da solução era utilizar uma solução de monitoramento OT compatível com os CLPs da empresa – dispositivos Siemens rodando o sistema operacional Tia Portal, uma solução parruda e que atende as necessidades da Centroflora.
O PRTG é integrado de forma nativa ao Tia Portal, o que facilitou o processo de implementação da solução. O PRTG é hoje o grande dashboard de uma rede que começa nos inúmeros CLPs operando no chão de fábrica da Centroflora, avança para os micros supervisores – PCs tradicionais que têm a função de consolidar os dados gerados pelos CLPs – para somente a partir daí avançar para o servidor virtual rodando no data center da Centroflora Inova.
Appliance mede as variações da rede elétrica e alerta o PRTG
Para estender o valor do PRTG ao monitoramento da energia utilizada pela Centroflora, a empresa utiliza um appliance desenvolvido pela RBS Service. “Esse appliance monitora a qualidade da energia na Centroflora. Trata-se de um conversor que transforma a corrente elétrica em sinal digital. O appliance envia para o PRTG dados atualizados sobre a real disponibilidade de energia nos ambientes produtivos”, detalha Moura. Como a medição da corrente elétrica é algo físico, um software por si só não pode verificar se há energia ou não; é preciso conectar-se a algum dispositivo para transformar a corrente elétrica em sinal digital.
O appliance que alimenta o PRTG monitora 24×7 as redes da Centroflora, verificando qual a fonte de energia elétrica (rede pública ou gerador ou sem energia), e informando instantaneamente se houve alteração no tipo de alimentação ou na falta de energia. “A meta é termos a informação necessária para atuar de forma preventiva diante de variações ou falta de fornecimento de energia elétrica para nossas operações”.
Futuro: dashboards para os gestores de negócios da Centroflora
O time de gestão de facilities e manutenção tem explorado sensores que já estavam disponíveis nos ambientes industriais – o fato do PRTG suportar o protocolo OPC UA contribuiu para isso. Para 2024, a meta é extrair ainda mais valor de sensores críticos para a operação da empresa. Trata-se de uma jornada em que o sensor rodando no CLP Siemens passará a gerar informações que serão traduzidas, na interface do PRTG, em dashboards que fazem sentido para os gestores de negócios. “Isso colaborará para que os líderes da Centroflora tomem decisões baseadas em dados – é uma visão que se inicia na estratégia de negócios e, quando necessário, chega ao detalhe do detalhe da operação industrial”, resume Moura.