Famosa por sua prestação de serviços de aluguel e gestão de impressoras, a Simpress vem crescendo sem parar desde 2018 em mobilidade. A empresa, que pertence ao grupo HP, abriu a frente de dispositivos móveis naquele ano. Desde então, viu uma demanda crescente levar as receitas a novos patamares. É hoje a maior locatária de smartphones do país, e diz que ainda tem muito a expandir, já que apenas uma fração do setor corporativo recorre ao outsourcing de celulares.
Em entrevista ao Tele.Síntese, Georgia Rivellino dá alguns detalhes. Sem revelar números absolutos, afirma que o segmento de mobilidade cresceu 65% em 2023. A empresa como um todo, cresceu 23% em receitas. Indicativo que o aluguel de celulares têm papel fundamental na geração de novas fontes de receita. Para este ano de 2024, a meta é crescer 45% em mobilidade e 23% em receitas como um todo outra vez.
A área de impressão, segmento em que atua desde a fundação, há mais de duas décadas, segue como principal negócio isolado, representando 60% do faturamento. Mas a cada ano se aproxima o momento em que o aluguel de computadores e o de dispositivos móveis vão igualar a balança.
“A área de mobilidade é atualmente o terceiro principal negócio da companhia. Temos mais de 120 mil devices espalhados pelo Brasil e 250 clientes. O que isso quer dizer? Que tem ainda muito espaço para crescer, pois a nossa carteira ativa nas demais áreas tem 2,3 mil clientes”, diz Rivellino.
Ela reconhece que a demanda por smartphones ou tablets não tem a mesma amplitude dos computadores. Mesmo assim, defende que o mercado de outsourcing de celulares precisa ser desbravado. “Diferente do mercado PCs, em que todas as empresas usam e precisam, o de mobilidade é mais segmentado para empresas que tenham o celular como necessidade, como as farmacêuticas, que contam com equipes de propagandistas, ou redes varejistas, em que o celular é usado no fechamento de pedidos”, conta.
Entre os clientes que usam celulares fornecidos pela Simpress está a Ambev. Os motoristas dos caminhões fazem a gestão das entregas via celulares, que são equipados com aplicativos para leitura de códigos de barras e checkin nos locais de carga e descarga. Quem pega os milhares de celulares, testa um a um, configura, instala chips da operadora e os aplicativos desejados, troca defeituosos, repõe quebrados, é a empresa de outsourcing.
Rivellino diz que não há planos de aprofundar parcerias com operadoras. “Cabe ao cliente contratar os planos de dados e voz diretamente. Somos parceiros de operadoras em alguns projetos de locação de hardware, mas não é o nosso modelo mais comum de trabalho”, explica.
O foco recai sobre o atendimento direto, a clientes com mais de 300 funcionários. Para pequenas empresas, atua com parceiros locais, que comercializam seus planos de aluguel e gestão de parque. O negócio faz da empresa uma das maiores compradoras individuais de celulares da Samsung, Motorola e Apple no Brasil.