Barcelona – Se a Inteligência Artificial (IA) dominou o Mobile World Congress (MWC) deste ano,  não poderia deixar de estar presente também nos chipsets. E a Mediatek – empresa que se dedica ao design para de semicondutores para os mais diferentes aparelhos, também levou para a feira um produto já com IA generativa, baseado em hardware. para celulares 5G topo de linha. Essa solução foi desenvolvida para a difusão de vídeos de alta intensidade, pois diminui a largura de banda necessária para a transmissão dos sinais do audiovisual.

Embora a empresa tenha uma linha diversificada de produtos para o 5G –  seja o top, seja o premium ou mesmo para os devices mais baratos, de entrada, – mantém bem ativa a sua linha para a tecnologia 4G. Isso porque, disse Samir Vani, diretor de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina, o 4G ainda vai ter vida longa. ¨É bom lembrar que, na América Latina, e no Brasil, o 3G ainda tem um papel importante no mercado. O 4G nem se fala. Ele deverá continuar por pelo  menos mais seis anos¨, prevê o executivo.

IoT

Para Vani, a Internet das Coisas (IoT) passa a ser um segmento de grandes perspectivas, principalmente no que a empresa prefere chamar de IoT doméstica.A Mediatek acredita que o crescimento da IoT residencial  demandará uma rede privada externa virtual privada  que utilize dispositivos 5G e roteadores domésticos, para  mitigar a necessidade de configurações complicadas. Ele entende que, hoje, o preço dos devices para a IoT não é o maior problema para a sua massificação, e sim o custo do serviço.

Brasil no cenário de chips

O diretor da Mediatek avalia que o Brasil pode ser um player na cadeia de valor dos chips, segmento que se transformou prioritário para os principais governos ocidentais, em iniciativa visando a menor dependência dos fabricantes asiáticos. Mas Vani observa que o ecossistema que envolve os  chips é muito diversificado, com várias especialidades entre elas. A líder na fabricação de chips do planeta é a Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), de Tawian, com mais de 50% do mercado global.

A recente ascensão da NVidia, fabricante norte-americana, que este mês tornou-se a empresa Mais Valiosa do mundo, ultrapassando em receitas e lucros  e  Amazon, Apple ou Microsoft iniciou a trajetória com a produção  e fabricação de placas gráficas para jogos eletrônicos e agora atende ao faminto mercado de data centers e mineradores de bitcoins também atua em um nicho específico. ¨O importante é o país saber onde quer chegar e como se colocar nessa cadeia global de produção¨, afirmou.

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