Fundo F2I planeja comprar participação minoritária na NetCo, cuja processo de venda pela TIM à KKR segue em curso (crédito: Reprodução)
O fundo italiano especializado em infraestrutura F2i anunciou que levantou 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 5,43 bilhões) para investir na NetCo, unidade de rede fixa do Grupo TIM (antiga Telecom Italia), controlador da TIM Brasil.
Em comunicado, a gestora informou que tem um acordo com a KKR, empresa que fechou contrato com a TIM para adquirir a infraestrutura de telecomunicações, para ficar com aproximadamente 10% das ações do ativo. A expectativa é de que o processo de aquisição da participação minoritária seja concluído em meados deste ano.
O fundo, conforme nota divulgada à imprensa, destacou que a meta de financiamento foi atingida num “espaço de tempo extremamente curto, demonstrando, assim, o interesse dos investidores”. Participam do negócio instituições como fundações bancárias, fundos de pensão, seguradoras e gestoras de patrimônio familiar.
Vale destacar que, no mesmo comunicado, a F2i apontou que, ao investir na NetCo, deve se posicionar ao lado da KKR e do Ministério da Economia e Finanças da Itália como coinvestidora do negócio. Isso porque, ainda em agosto do ano passado, o governo italiano assinou decretos prevendo aportar até 2,2 bilhões de euros no ativo, com o intuito de ficar com uma participação de 15% a 20% na unidade de rede fixa.
Inclusive, o anúncio do investimento da F2i na NetCo acontece poucos dias após o governo da Itália aprovar a transação do Grupo TIM com a norte-americana KKR. Conforme a legislação italiana, por se tratar de um ativo crítico, o Estado poderia exercer o chamado “golden power”, impedindo a venda da infraestrutura para uma empresa estrangeira, o que não ocorreu.
Segregação da rede fixa
Em novembro do ano passado, como alternativa para reduzir o endividamento, o Grupo TIM aceitou a proposta de 19 bilhões de euros da KKR pela NetCo, em um negócio que pode subir para 22 bilhões caso algumas condições sejam alcançadas até a conclusão do negócio.
O acordo, todavia, não agradou parte dos investidores da tele. O conglomerado de mídia francês Vivendi, dono de 24% das ações da TIM italiana, entrou com um processo contra a companhia.
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