Discussões sobre inteligência artificial (IA) costumam trazer sentimentos diversos. De um lado, há quem tenha medo de que o desenvolvimento da área traga uma perda de empregos em massa. Do outro, há aqueles que se empolgam com as possibilidades dessa tecnologia.
Mas, para além da especulação, o fato é que a inteligência artificial é um dos acontecimentos tecnológicos mais importantes da história.
Um dos ambientes em que a IA conquista espaço é o meio corporativo: as máquinas inteligentes trazem diversas possibilidades para empresas, como automação de tarefas, análise de dados e processamento de linguagem natural, só para citar algumas. Pode-se dizer que suas aplicações em negócios avançaram tanto que muitas vezes fazemos uso delas sem nem mesmo notar.
Neste artigo, explicamos o que é inteligência artificial e como as empresas podem aplicá-la. Também trazemos um panorama do tema no Brasil e no mundo e mostramos como os negócios têm aproveitado essa tecnologia para ganhar eficiência. Boa leitura!
O que é inteligência artificial e como é utilizada pelas empresas?
A inteligência artificial consiste em um campo da ciência da computação que foca em criar máquinas que têm capacidade de pensar e de aprender. O conceito é amplo e tem diversas aplicações práticas, como:
Machine learning, ou aprendizado de máquina, é a capacidade de computadores programados analisarem dados e predizerem o comportamento de sistemas complexos com base na observação de padrões;
Deep learning, método de machine learning em que o aprendizado é feito de maneira iterativa a partir de redes neurais em camadas sucessivas, projetadas para emular o funcionamento do cérebro humano. Dessa forma, os computadores lidam com abstrações, generalizar casos específicos e articular problemas mal definidos de forma intuitiva.
Processamento natural de linguagem, que diz respeito à interação entre computadores e a linguagem humana, permitindo que máquinas aprendam, analisem e entendam textos e áudios;
Visão computacional, que permite que computadores obtenham significados e informações relevantes de imagens, vídeos e outros formatos, de forma semelhante à humana.
Dentre empresas, podemos constatar o uso de inteligência artificial em três principais domínios:
Estratégico: é quando negócios usam a inteligência artificial para obter insights melhores, como estimativas de mercados;
Pessoas: consiste em aumentar a capacidade produtiva da empresa, usando a tecnologia para permitir que os colaboradores executem tarefas com mais rapidez;
Processos: ocorre quando a inteligência artificial proporciona a execução de tarefas e processos de forma autônoma, simulando a tomada de decisão humana, por exemplo.
Qual o panorama do mercado de inteligência artificial no Brasil e no mundo?
A inteligência artificial é o foco de atuação de 481 startups brasileiras, conforme dados do Distrito.
Além disso, este mercado tem ganhado tanta força que, de 2017 até agora, já recebeu mais de US$ 800 milhões em investimento.
Este cenário é ainda mais surpreendente quando olhado mais de perto. Só no ano passado, as startups brasileiras de IA receberam US$ 409,2 milhões e a tendência é este volume só aumentar: neste ano já observamos alguns casos promissores, como o da Arqgen, uma startup de IA Generativa que trabalha em projetos de arquitetura, que levantou US$ 1,3 milhões.
E não para por aí: um estudo da IDC estima que os gastos com inteligência artificial cheguem a US$ 500 bilhões ainda em 2023, um aumento de quase 20% em relação aos US$ 432,8 bilhões do ano passado.
Tais fatores impulsionam a chamada “Corrida pela IA”, uma urgência das corporações do mundo todo em adotar a inteligência artificial e não perder o “boom” do tema.
Assim sendo, empresas ao redor do mundo, dos mais variados setores, estão adotando a IA para otimizar seus processos, alavancar seus resultados e, principalmente, promover a inovação.
Só para ilustrar, a IA é utilizada desde suporte às instituições financeiras para análise e concessão de crédito, passando pelos ensaios clínicos das grandes farmacêuticas, até a operação de drones agrícolas no campo.
A seguir, descubra como a IA pode resolver os desafios da sua empresa!
Como encontrar IA ideal para resolver desafios da sua empresa?
A inteligência artificial está cada dia mais presente no dia a dia das empresas. Um estudo da IBM concluiu que 29% das empresas da América Latina já fazem uso de IA em algum nível durante seus processos, essa adoção é de 34% a nível global.
Assim, as corporações são um dos grupos mais beneficiados quando o assunto é inteligência artificial, uma vez que essa tecnologia traz inúmeras vantagens, incluindo a otimização de processos e economia de recursos.
Porém, implementar essa tecnologia não é uma tarefa tão fácil como parece.
Por isso, muitas corporações contam com parceiros experts em inteligência artificial para resolver seus desafios.
Uma das maneiras de encontrar esses parceiros ideais é através do GenAI Challenge, uma iniciativa do Distrito de buscar ativamente startups que fornecem serviços de aplicação de inteligência artificial generativa para diferentes desafios.
Ao todo, a iniciativa já mapeou mais de 400 startups e mais de 700 soluções voltadas para inteligência artificial generativa.
Para se ter uma ideia, hoje, quase 75% das startups latino-americanas de inteligência são voltadas para o público B2B, evidenciando a gama de opções de soluções que podem ser aplicadas.
Como grandes empresas usam inteligência artificial?
Se você leu até aqui, pode estar se perguntando: mas como grandes negócios usam a inteligência artificial na prática? Trazemos abaixo alguns casos de sucesso para você conhecer.
Itaú
O Itaú já implementou a inteligência artificial em diversos níveis de sua operação.
Atualmente, o banco utiliza a IA para interpretação e classificação de processos da área, de forma que a aplicação processa 100% dos documentos da área, um volume mensal de aproximadamente 70 mil documentos, com assertividade superior a 99% segundo José Vita, head de jurídico, ESG e assuntos corporativos
Basf
A Basf criou, em 2017, o AgroStart, programa de aceleração de startups do agronegócio. Em 2018, a empresa adquiriu a xarvio, startup de desenvolvimento de sistemas inteligentes para gestão de fazendas.
Agora, o xarvio é a marca global de agricultura digital da Basf. Para Mirella Lisboa, gerente de inovação aberta da plataforma AgroStart na América Latina, “ao se associar a startups, a BASF obtém
um fluxo contínuo de inovação.”
Hospital Albert Einstein
O Hospital Albert Einstein, um dos maiores do Brasil, fundou a Varsomics junto com um especialista em bioinformática. A iniciativa é capaz de automatizar a análise de dados de pacientes, além de fazer análise genética de microrganismos.
Visa
Tendo em vista o papel da inteligência artificial na revolução digital, a Visa lançou um fundo de investimento de US$ 100 milhões para startups que atuem com essa tecnologia.
Além disso, a gigante financeira utiliza IA para combate a fraudes em suas operações.
Certamente o uso de inteligência artificial não fica restrito a grandes negócios. Principalmente por meio de parcerias com startups como as que citamos neste artigo, é possível aproveitar os benefícios dessa tecnologia em empresas de qualquer tamanho e segmento.
Futuro da inteligência artificial
A inteligência artificial já é uma realidade.
Ainda assim, há muito o que se desenvolver nesse campo. Dentre as discussões que fazem parte da área está a questão ética, por exemplo.
Todavia, é preciso levar em conta os riscos trazidos pela IA, já que ela impacta diversos setores da economia e pode ser prejudicial para a privacidade de dados pessoais e comportamentais, usados para treinar a inteligência. É preciso entender que a inteligência artificial nunca é totalmente descolada da ação humana, implementando boas práticas e fomentando discussões sobre o tema.
Mesmo assim, para o futuro, é possível apontar uma normalização da inteligência artificial. Cada vez mais ela deixa de ser tendência e faz parte do cotidiano. Hoje não há um setor em que a tecnologia não seja usada.
Além disso, a inteligência artificial cada vez mais deve desempenhar um papel de lidar com gestão e análise de dados, fazendo com que bancos de dados tenham um grande valor estratégico. Com dados suficientes e de qualidade, é possível fazer análises preditivas e prescritivas, e não somente descritivas, o que auxilia na resolução de problemas.
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