Participação do Consórcio da ABBC nos testes do Real Digital vai permitir contato de 118 instituições com a tecnologia

O consórcio proposto pela ABBC – Associação Brasileira de Bancos foi aprovado para participar dos testes que o Banco Central vai desenvolver sobre o Real Digital, projeto que visa estruturar a versão tokenizada da moeda soberana brasileira. O grupo será liderado pelo Banco Ribeirão Preto (Banco BRP) e contará com a participação do Banco Brasileiro de Crédito, Conglomerado Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e PagBank, juntamente ABBC e as empresas BBChain, Microsoft e BIP.

Essa coalização foi formada para propiciar às instituições associadas, a maioria de porte S3 e S4, a participação e o aprendizado no piloto, com objetivo igualmente alinhado aos pilares da ABBC, de democratizar e incentivar a inovação e aumentar a competitividade no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Atualmente a Associação representa 118 associadas com perfis operacionais das mais diversas naturezas, como bancos, sociedades de crédito, cooperativas financeiras, instituições de pagamento, entre outras.

“Elaboramos o consórcio para que instituições financeiras associadas, de diferentes portes e perfis, tenham acesso a novas tecnologias e possam testar modelos de negócio neste âmbito”, explica a presidente da ABBC, Sílvia Scorsato. O Diretor de Inovação e Serviços da Associação, Euricion Murari, complementa que “essa diversidade de instituições financeiras (IFs) associadas por parte da ABBC pode contribuir para facilitar o lançamento do Real Digital em IFs de menor porte”.

Murari ressalta que a ABBC coordenará um squad especializado com profissionais de tecnologia, arquitetura e desenvolvimento de software, em parceria com Microsoft, BBChain e BIP. Desta forma, as IFs do consórcio terão todo o know-how necessário para participar do piloto. “A ABBC implementará um nó no ambiente Distributed Ledger Technology (DLT), contando com a aplicação de soluções de computação confidencial para avaliar a capacidade da garantia da privacidade das transações financeiras, assim como proteção dos dados em uso durante o piloto”, conta o executivo.

Como funcionará o consórcio

A ideia é que o consórcio utilize os recursos para realização de testes de transações relativas à emissão, resgate e transferências dos ativos financeiros em Moeda Digital de Banco Central (CBDC) e tokens.

Dentro desse pacote, pretende-se realizar transações do Real Digital (atacado) entre contas de reserva bancária, transação do depósito tokenizado do Real Digital entre clientes simulados, compra e venda de Título Público Federal na rede DLT do Real Digital, emissão e “queima” de Moeda Digital Tokenizada e habilitação de transações na modalidade DvP.

“Também pretendemos simular a tokenização de um título de crédito de emissão privada com garantias em TPFs tokenizados, simulando a integração com o Sistema de Liquidação de Custódia (Selic) e a liquidação em CBDC e/ou Real Tokenizado”, conta Murari.

Com a participação no piloto do real digital, a ABBC mais uma vez apoia a agenda de inovação do BC. A Associação conta com uma cadeira no Conselho Deliberativo na Estrutura de Governança do Open Finance, contribui para o aprimoramento do Sistema de Pagamentos Instantâneos e preza pela disseminação do conhecimento regulatório por meio de cursos, comissões e workshops.

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