Compras com cartões crescem 10,7% e somam R$ 839,5 bilhões no primeiro trimestre

Uso de cartões por aproximação cresceu significativamente no primeiro trimestre (crédito: Freepik)

As compras feitas com cartões nas modalidades crédito, débito e pré-pago cresceram 10,7% no primeiro trimestre deste ano, informou a Abecs, associação que representa empresas de meios eletrônicos de pagamentos, nesta quinta-feira, 11, em coletiva de imprensa. Ao todo, os brasileiros transacionaram R$ 839,5 bilhões utilizando cartões entre janeiro e março.

Em separado, nota-se que a modalidade crédito foi responsável por R$ 539,2 bilhões em compras, com crescimento de 12,7%. O avanço percentual do pré-pago foi mais expressivo (47%), mas ainda é a modelo menos utilizado (R$ 65,5 bilhões). O uso do débito teve leve queda de 0,3%, somando R$ 234,6 bilhões no primeiro trimestre.

A expectativa da entidade é de que as compras com cartões cresçam de 14% a 18% neste ano.

“O primeiro semestre é mais tímido para a indústria [de cartões], ainda que tenha datas comemorativas, mas não como no segundo semestre”, disse Giancarlo Greco, presidente da Abecs. “Com uma política monetária menos restritiva, talvez vejamos o consumidor mais confiante e uma indústria crescendo com mais força na segunda metade do ano”, acrescentou.

Segundo a Abecs, a quantidade de vezes que os cartões são utilizados também cresceu significativamente (12,8%) na abertura de 2023. Foram 10,1 bilhões de transações efetuadas apenas no primeiro período do ano, o equivalente a 110 milhões de pagamentos por dia.

Aproximação

Um dos destaques do primeiro trimestre foi o aumento do uso de cartões por aproximação. A tecnologia foi responsável por R$ 191,3 bilhões em compras, valor que representa uma alta de 85,4% em relação ao primeiro trimestre de 2022 (R$ 103,2 bilhões).

Com isso, em março deste ano, a quantidade de compras realizadas por aproximação, incluindo cartões e outros dispositivos, chegou a representar 44,3% dos pagamentos com meios eletrônicos feitos presencialmente. Em março de 2021, a participação era de 8% e, no terceiro mês do ano seguinte, de 29,3%.

“É um indicador que vem crescendo a passos largos, de forma intensa. O incentivo ao uso ali na ponta é muito grande. Vemos um movimento grande da utilização desse método. A aproximação chegou ao Brasil há anos, mas acelerou na pandemia”, avaliou Greco.

Do total transacionado nessa função, a modalidade crédito foi a mais utilizada (R$ 105,2 bilhões), seguida pelo débito (R$ 51,5 bilhões) e pelo pré-pago (R$ 34,4 bilhões) – este último, informou a Abecs, teve alta de 106,2% nessa função no primeiro trimestre.

Comércio eletrônico e gastos no exterior

O balanço da associação indica que o uso de cartões em compras feitas no ambiente digital (e-commerce, aplicativos e carteiras digitais) cresceu 10,8% entre janeiro e março, na comparação com o mesmo período do ano passado. As transações pela internet, ao todo, movimentaram R$ 179,8 bilhões.

Os dados também mostram que, com o arrefecimento da pandemia de covid-19, o brasileiro voltou a gastar mais no exterior. O uso de cartões fora do Brasil, na comparação com os três meses iniciais de 2022, teve alta de 53%, totalizando US$ 2,72 bilhões (aproximadamente R$ 14,1 bilhões).

Em relação ao primeiro trimestre de 2019, período que antecedeu à pandemia, o volume de gastos no exterior teve alta de 23,6%.

Endividamento

De acordo com a Abecs, o uso do rotativo do cartão de crédito representava 3,3% do endividamento das famílias em março deste ano, percentual inferior ao de modalidades como financiamento imobiliário (36,3%), consignado (23,1%), outros (17,5%), aquisição de veículo (10%) e crédito não consignado (9,6%).

Além disso, a associação aponta que 73% do crédito disponibilizado por meio de cartões não tem qualquer cobrança de juros no País.

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Abramulti: Tele.sintese

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