O sócio Líder de Agribusiness em Consulting da KPMG no Brasil, Martiniano Lopes, disse que a agricultara brasileira é altamente produtiva da porteira para dentro, mas da porteira para fora tem muito a evoluir. “Nós temos um problema muito grave de infraestrutura, eu vejo uma movimentação importante que está acontecendo, com vários modais, hidroviário, ferroviário, mas faltam tecnologias de otimização logística, que permitem racionalizar a entrega do produto ou a captura de insumos”, observa.
Lopes, que participou nesta quinta-feira, 6, do Agrotic 2021, disse que há muitas soluções no mercado, como uma que cria uma central de compras, que estão ajudando as grandes e pequenas empresas a melhorarem suas produtividades da porteira para fora. “Tecnologias tipo Uber ou Waze poderiam contribuir muito para a agricultura”, afirmou.
“É preciso assumir o risco de usar uma aplicação, testar e se não der certo partir para outra, não tem que ficar sofrendo”, afirma Lopes. Para isso, defende que as propriedades ou cooperativas façam experimentação, tenham um espaço de sandbox.
Outra orientação do sócio da KPMG é de que os produtores tenham uma plataforma digital. “Experimentem, esse processo de testes e aprendizagem é importante e tenham clareza de sua plataforma digital, de como vai conviver com soluções diferentes, que vão se movimentar, que vai sair, vai entrar, mas que não interrompam sua produção”, afirma.
Para Lopes, ninguém vai substituir a inteligência agrícola, mas cada vez mais atividades transacionais vão sendo substituídas pelas digitais, automatizadas e cada vez se vai buscar mais especialização. “Cada vez mais as soluções vão ser preditiva e vai facilitar a tomada de decisões”, assegura.
“Beba inovação, isso é fundamental, se não pode ficar para traz, tenha uma visão clara onde quer chegar”, recomenda. Para ele, quem não investir em inovação vai ficar no meio da estrada, vai perder eficiência e competitividade.
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