O vice-presidente sênior da TIM para a área regulatória, Mario Girasole, considera baixo o risco de Anatel ou Cade vetarem a venda da Oi Móvel. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 6, o executivo ressaltou que a situação é atípica, uma vez que não é exatamente de compra, mas da venda de um ativo de uma empresa em reestruturação.
“Antes de ser uma compra, é uma operação de venda resultante de um processo de recuperação judicial. Então está sendo dada solução para um problema”, destacou.
Segundo ele, diante desse fato, acha improvável que os reguladores desautorizem o negócio. Pressão, há. Empresas e associações de operadoras de menor porte, como Algar, Telcomp e Associação Neo levaram considerações ao Cade, nas quais pedem que a venda seja negada ou, caso aprovada, que tenha remédios.
Girasole acha que esses pedidos não devem prosperar. “Não é nada que não fosse esperado. Elas tentam colocar argumentos, e obviamente vamos colocar também. Mas sinceramente não vejo alternativa, em consideração do contexto que se constrói”, afirmou.
Por isso, ele mantém a previsão da TIM, da Claro e da Vivo, que arremataram os ativos, de que o negócio vai ser selado ainda este ano. “Não é a compra de uma empresa, são três categorias de ativos: espectro, clientes (seguindo o fortalecimento do menor na localidade) e contratos de acesso a torres de terceiros. Esse é o conjunto adquirido”, repetiu.
Fiberco
A venda do controle da FiberCo deve ter avaliação regulatória ainda mais simplificada e rápida, disse o executivo. A TIM solicitará a anuência da Anatel e aval do Cade na próxima semana. “Já estamos conversando com a Anatel, não se trata de uma operação de grande complexidade regulatória. Então esperamos que o rito de aprovação seja rápido”, concluiu.
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