A Brisanet estreou no mercado de capitais com sua primeira emissão de debêntures incentivadas. Com valor total de R$ 500 milhões captados, a telecom obteve uma nota de risco Rating brA+ emitida pela Standard & Poor’s, o que segundo a empresa foi muito importante para o sucesso da operação.
Com o dinheiro, a Brisanet se prepara para implantar a expansão da sua rede FTTH nos estados de Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. A empresa atualmente atende a mais de 200 cidades distribuídas entre os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e até o fim de 2021, deve começar a operar no Piauí e em Sergipe.
A Brisanet soma mais de 674 mil assinaturas e cerca de 6 mil funcionários, onde aproximadamente 2.800 foram contratados apenas em 2020.
Avaliação da S&P
A ao atribuir nota A+ à Brinanet, empresa de análise de risco S&P explicou que a operadora apresenta rentabilidade acima das grandes operadoras concorrentes, com expectativa de margem EBITDA acima de 40% nos próximos anos. Já as rivais de maior porte, que reúnem telefonia móvel também em seus serviços, têm margem de 30% a 35%.
A S&P também avisa que o fluxo de caixa da Brisanet se manterá negativo por mais tempo, em função dos altos investimentos para garantir a continuidade de sua expansão.
“A Brisanet continuará financiando seus investimentos (capex) usando capital de terceiros. A emissão de debêntures no valor de R$ 500 milhões, com prazo de sete anos, alongará o prazo médio de vencimento de sua dívida para próximo de 3,5 anos, versus menos de dois anos ao final de dezembro de 2020. Acreditamos que a empresa apresentará métricas de dívida bruta sobre EBITDA menos alavancadas a partir de 2021, dada a maior geração de EBITDA mesmo diante do maior endividamento para financiar crescimento”, diz o relatório.
A S&P comparou a Brisanet com Telefônica Brasil, que tem rating brAAA; e com a Algar Telecom, também de nota brAAA. E calcula que o índice de dívida bruta sobre EBITDA será em torno de 2,5x-3,5x nos próximos dois anos.
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